Endometriose: Saiba Tudo Sobre essa Condição Invisível

Endometriose

Você sabia que a endometriose é uma doença que afeta cerca de 7 milhões de mulheres só no Brasil? E que muitas delas sofrem por anos com dores intensas e dificuldade para engravidar sem saber que têm essa condição? Pois é, a endometriose é uma doença silenciosa e muitas vezes subestimada, mas que pode comprometer seriamente a qualidade de vida e a saúde reprodutiva das mulheres.

Neste artigo, vamos explicar o que é a endometriose, quais são os seus sintomas, causas e tratamentos, e como conviver com essa doença que ainda é um mistério para a medicina. Acompanhe!

O que é a endometriose?

endometriose

A endometriose é uma doença crônica que ocorre quando o endométrio, que é o tecido que reveste o interior do útero, cresce fora dele, em outros órgãos da região pélvica e abdominal, como os ovários, as trompas de falópio, o intestino e a bexiga. Em casos raros, pode atingir até os pulmões e o cérebro.

Essas células do endométrio fora do útero se comportam como se estivessem dentro dele, ou seja, elas se multiplicam e se descamam durante o ciclo menstrual, causando inflamação, sangramento e dor. Além disso, elas podem formar aderências e cicatrizes nos órgãos afetados, prejudicando o seu funcionamento.

A endometriose pode ser categorizada em diversos níveis, levando em conta a profundidade e abrangência dos focos da condição. O estágio mais avançado é chamado de endometriose profunda, quando as células do endométrio se infiltram na parede de algum órgão por mais de cinco milímetros. Nesse caso, as dores são mais intensas e pode ser necessária uma cirurgia para remover os focos.

O que causa a endometriose?

A causa exata da endometriose ainda é desconhecida pela ciência, mas existem algumas teorias que tentam explicar o seu surgimento. A mais aceita é a da menstruação retrógrada, que diz que parte do sangue menstrual volta pelas trompas de falópio e se implanta nos órgãos da pelve.

Outras possíveis causas são a alteração genética das células do endométrio, a migração dessas células pelo sistema linfático ou sanguíneo, ou a transformação de células normais em células endometriais por fatores hormonais ou imunológicos.

Alguns fatores de risco para desenvolver a endometriose são:

  • Histórico familiar da doença;
  • Menstruação precoce (antes dos 11 anos);
  • Ciclos menstruais curtos (menos de 28 dias) ou longos (mais de 7 dias);
  • Nunca ter engravidado;
  • Anomalias no útero;
  • Exposição a substâncias tóxicas.

Quais são os sintomas da endometriose?

Os sintomas da endometriose podem variar de uma mulher para outra, mas os mais comuns são:

  • Cólica intensa antes ou durante a menstruação;
  • Dor durante ou após contato íntimo;
  • Menstruação abundante ou irregular;
  • Dor ao urinar ou evacuar;
  • Distorções intestinais ou urinárias durante o ciclo menstrual;
  • Inchaço abdominal;
  • Fadiga e cansaço excessivo;
  • Dificuldade para engravidar.

É importante ressaltar que a cólica menstrual não é normal e pode ser um sinal de alerta para a endometriose ou outras doenças ginecológicas. Por isso, não ignore a sua dor e procure um médico se ela for muito forte ou persistente.

Como é feito o diagnóstico da endometriose?

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O diagnóstico da endometriose é feito pelo ginecologista, que avalia os sintomas, o histórico clínico e o exame físico da paciente. Além disso, podem ser solicitados exames de imagem, como ultrassom pélvico ou transvaginal, ou ressonância magnética, que ajudam a identificar os focos da doença e a sua localização.

O exame mais preciso para confirmar a endometriose é a videolaparoscopia, que é um procedimento cirúrgico que permite visualizar os órgãos da pelve por meio de uma câmera introduzida por uma pequena incisão no abdômen. Nesse exame, também é possível coletar uma amostra do tecido para análise laboratorial (biópsia).

Quem tem endometriose pode engravidar?

Sim, mas pode encontrar algumas dificuldades durante o processo.Isso ocorre porque, de acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 40% das mulheres que sofrem de endometriose enfrentam questões de infertilidade. Muitas, inclusive, descobrem a doença ao investigar o que pode estar atrapalhando o seu sonho de engravidar.

A endometriose pode afetar a fertilidade de várias formas, como:

  • Promover inflamação e formação de aderências nos órgãos reprodutivos;
  • Obstruir as trompas de falópio e impedir a passagem do óvulo e do espermatozóide;
  • Alterar a qualidade dos óvulos e dos embriões;
  • Reduzir a reserva ovariana;
  • Diminuir a receptividade do endométrio para a implantação do embrião.

Por isso, é importante que as mulheres com endometriose que desejam engravidar procurem um especialista em reprodução assistida para avaliar o seu caso e indicar o melhor tratamento. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer à fertilização in vitro (FIV), que é uma técnica que consiste em unir o óvulo e o espermatozóide em laboratório e transferir o embrião para o útero.

A endometriose tem cura?

Infelizmente, não existe uma cura definitiva para a endometriose, mas existem tratamentos que podem controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das mulheres com essa doença. O tratamento depende de vários fatores, como a idade, a gravidade dos sintomas, o desejo de engravidar e a localização dos focos da doença.

Os principais tratamentos para a endometriose são:

  • Medicamentos: podem ser usados analgésicos, anti-inflamatórios ou anticoncepcionais para aliviar as dores e regular o ciclo menstrual. Também podem ser usados medicamentos que bloqueiam ou reduzem a produção de hormônios femininos, como os análogos do GnRH ou os inibidores da aromatase, que diminuem o crescimento do endométrio fora do útero.
  • Cirurgia: pode ser indicada nos casos mais graves ou quando os medicamentos não são suficientes para controlar os sintomas. A cirurgia pode ser feita por videolaparoscopia ou laparotomia (abertura do abdômen), e consiste em remover os focos da doença e restaurar a anatomia dos órgãos afetados. Em alguns casos, pode ser necessária a retirada total ou parcial do útero (histerectomia) ou dos ovários (ooforectomia).
  • Terapias complementares: podem auxiliar no alívio dos sintomas e na melhora do bem-estar das mulheres com endometriose. Algumas opções são acupuntura, fisioterapia pélvica, psicoterapia, yoga, meditação e fitoterapia.

Além disso, alguns hábitos de vida podem ajudar a prevenir ou amenizar os efeitos da endometriose, como:

  • Manter uma alimentação saudável e equilibrada;
  • Evitar alimentos inflamatórios, como açúcar, farinha branca, gordura trans e álcool;
  • Consumir alimentos ricos em ômega-3, como peixes, sementes de linhaça e chia, e nozes;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Reduzir o estresse e a ansiedade;
  • Ter uma boa qualidade de sono;
  • Evitar o tabagismo e o consumo de substâncias tóxicas.
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A endometriose é uma doença complexa e multifacetada, que afeta não apenas o corpo, mas também a mente e as emoções das mulheres que convivem com ela. É importante quebrar o tabu e falar abertamente sobre essa condição, para que mais mulheres possam ser diagnosticadas precocemente e receber o tratamento adequado.

Se você suspeita que pode ter endometriose, não hesite em procurar ajuda médica. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, melhores são as chances de controle dos sintomas e preservação da fertilidade. Tenha em mente que você não está desamparada nesta trajetória e que há recursos e suporte disponíveis para auxiliá-la a superar os obstáculos da endometriose.

Cuide-se e valorize a sua saúde física e emocional. Você merece viver uma vida plena e livre de dores.

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fonte: sapo lifestyle

Lay

Olá! Sou Lay apaixonada por promover o bem-estar feminino. Meu objetivo é inspirar mulheres a adotarem hábitos de cuidado, desde nutrição até beleza natural. Vamos juntas nessa jornada de autoconhecimento e empoderamento! Seja bem-vinda ao meu universo dedicado ao cuidado integral da mulher. ????

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