Obesidade Infantil: 7 Sinais de Alerta que Você Nunca Deve Ignorar!

Obesidade Infantil

A obesidade infantil é uma questão alarmante de saúde pública que impacta milhões de crianças no Brasil e no mundo. De acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 41 milhões de crianças com menos de cinco anos estão em excesso de peso ou obesas. Esse excesso de gordura no corpo pode trazer sérias consequências para a saúde física e emocional das crianças, aumentando o risco de doenças como diabetes, hipertensão, colesterol alto, problemas cardíacos, respiratórios, ortopédicos e psicológicos.

Mas como saber se uma criança está obesa? Quais são os sinais de alerta que os pais e responsáveis devem ficar atentos? Neste artigo, vamos apresentar sete sinais de obesidade infantil que você nunca deve ignorar, e dar algumas dicas de como prevenir e tratar esse problema. Acompanhe!

1. Ganho excessivo de peso

obeseidade infantil

O primeiro e mais óbvio sinal de obesidade infantil é o ganho excessivo de peso, que pode ser percebido pela dificuldade de vestir as roupas, pelo aumento do número do calçado ou pelo aparecimento de estrias na pele. Mas como saber se o peso da criança está realmente acima do ideal para a sua idade e altura?

Uma forma simples e prática de avaliar o peso da criança é através do índice de massa corporal (IMC), que é um cálculo que relaciona o peso e a altura. O IMC pode ser calculado pela fórmula: IMC = peso (em quilos) / altura² (em metros). Por exemplo, uma criança de 10 anos que pesa 40 kg e mede 1,40 m tem um IMC de 20,4 kg/m².

Depois de calcular o IMC, é preciso consultar uma tabela de idade e sexo que apresenta o percentil conforme o IMC calculado, como a que fornecemos abaixo. Os resultados devem ser entendidos da seguinte maneira:

  • Baixo peso: abaixo do percentil 5.
  • Peso normal: entre o percentil 5 e 85.
  • Sobrepeso: entre o percentil 85 e 95.
  • Obesidade: acima do percentil 95.
IdadeMeninosMeninas
2 anos14,8 – 18,414,2 – 17,9
3 anos14,6 – 18,214,1 – 17,8
4 anos14,5 – 18,114,0 – 17,8
5 anos14,4 – 18,114,0 – 17,9
6 anos14,4 – 18,214,1 – 18,1
7 anos14,5 – 18,414,3 – 18,4
8 anos14,7 – 18,814,6 – 19,0
9 anos15,0 – 19,315,0 – 19,7
10 anos15,4 – 20,015,4 – 20,5
11 anos15,9 – 20,815,9 – 21,4
12 anos16,5 – 21,716,5 – 22,4
13 anos17,1 – 22,717,1 – 23,4
14 anos17,8 – 23,717,7 – 24,3
15 anos18,5 – 24,718,2 – 25,0
16 anos19,2 – 25,618,7 – 25,6
17 anos19,8 – 26,419,1 – 26,1
18 anos20,4 – 27,119,5 – 26,5

Tabela: IMC por idade e sexo (em kg/m²) entre os percentis 5 e 95. Fonte: OMS³.

2. Comer excessivamente

obeseidade infantil

Outro sinal de obesidade infantil é comer excessivamente, ou seja, consumir mais calorias do que o necessário para o crescimento e o desenvolvimento da criança. Isso pode acontecer por vários motivos, como ansiedade, tédio, hábitos familiares, falta de controle das porções, disponibilidade de alimentos calóricos e falta de saciedade.

Para evitar que a criança coma demais, é importante oferecer uma alimentação equilibrada, variada e nutritiva, que inclua frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas, carnes magras, leite e derivados. Além disso, é preciso respeitar os horários das refeições, evitar beliscar entre elas, limitar o consumo de alimentos gordurosos, açucarados e processados, e incentivar a ingestão de água.

3. Cansaço fácil ao fazer atividades físicas

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A obesidade infantil pode prejudicar a capacidade física da criança, fazendo com que ela se canse facilmente ao fazer atividades que exigem esforço, como correr, pular, subir escadas, brincar no parque ou praticar esportes. Isso acontece porque o excesso de peso sobrecarrega o coração, os pulmões, os músculos e as articulações, reduzindo o fôlego, a resistência e a flexibilidade da criança.

Para melhorar o condicionamento físico da criança, é fundamental estimular a prática regular de atividades físicas, de acordo com a idade, o interesse e a aptidão da criança. O ideal é que a criança faça pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia, que pode ser dividida em períodos de 10 a 15 minutos. Algumas opções de atividades físicas para crianças são: andar de bicicleta, patins ou skate, jogar bola, pular corda, dançar, nadar, lutar, entre outras.

4. Baixa autoestima

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A obesidade infantil pode afetar negativamente a autoestima da criança, ou seja, a forma como ela se vê e se sente em relação a si mesma. Isso pode ocorrer por causa da insatisfação com a aparência física, da dificuldade de se relacionar com os colegas, da discriminação e do bullying que a criança pode sofrer por causa do seu peso. A baixa autoestima pode gerar sentimentos de tristeza, angústia, culpa, vergonha, medo e solidão, que podem prejudicar o desenvolvimento emocional e social da criança.

Para ajudar a criança a elevar a autoestima, é importante que os pais e responsáveis demonstrem amor, carinho, apoio e compreensão, sem fazer críticas, cobranças ou comparações que possam magoar ou desmotivar a criança. Além disso, é preciso valorizar as qualidades, os talentos e os esforços da criança, incentivando-a a se expressar, a participar de atividades que lhe dêem prazer e a interagir com outras crianças.

5. Roncos e/ou interrupções na respiração durante o sono

obesidade infantil

A obesidade infantil pode causar um distúrbio do sono chamado apneia obstrutiva do sono, que se caracteriza por episódios de interrupção da respiração durante o sono, devido ao estreitamento ou ao fechamento das vias aéreas superiores. Esses episódios podem durar de alguns segundos a alguns minutos, e podem se repetir várias vezes durante a noite. A apneia do sono pode provocar roncos, sonolência diurna, dificuldade de concentração, irritabilidade, alterações de humor e problemas de aprendizagem na criança.

Para prevenir e tratar a apneia do sono, é essencial que a criança perca peso, através de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos. Além disso, é recomendado que a criança durma em um ambiente silencioso, escuro e confortável, evite o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir, e consulte um médico especialista em sono para avaliar a necessidade de tratamento específico.

6. Problemas de pele

criança obesa Problemas de pele

A obesidade infantil pode causar problemas de pele na criança, como dermatites, infecções fúngicas, acne, estrias e acantose nigricans. A dermatite é uma inflamação da pele que pode causar coceira, vermelhidão, descamação e bolhas. As infecções fúngicas são causadas por fungos que se proliferam em áreas úmidas e quentes do corpo, como as dobras da pele, e podem causar coceira, ardor, manchas brancas ou vermelhas e mau cheiro. A acne é uma inflamação das glândulas sebáceas que produzem óleo na pele, e pode causar cravos, espinhas, cistos e nódulos. As estrias são cicatrizes que se formam na pele quando ela se estica muito rapidamente, e podem ter cores variadas, como rosa, roxa, vermelha ou branca. A acantose nigricans é uma alteração da pele que se caracteriza pelo escurecimento e pela espessura de algumas áreas do corpo, como o pescoço, as axilas, as virilhas e as dobras dos cotovelos e dos joelhos.

Para prevenir e tratar os problemas de pele, é importante que a criança mantenha uma boa higiene pessoal, lavando o corpo com água e sabão neutro, secando bem as áreas úmidas, usando roupas leves e de algodão, evitando o uso de cosméticos e produtos irritantes, e aplicando cremes hidratantes e protetor solar. Além disso, é preciso que a criança controle o peso, seguindo uma dieta balanceada e fazendo atividade física regularmente. Em caso de sinais de infecção, inflamação ou alteração da pele, é recomendado procurar um médico dermatologista para avaliar o caso e indicar o tratamento adequado.

7. Alterações nos exames de sangue

A obesidade infantil pode alterar os resultados dos exames de sangue da criança, indicando alterações no metabolismo, na função hepática, na função renal, na função tireoidiana, na função imunológica, no perfil lipídico, no perfil glicêmico, no perfil hormonal e no perfil inflamatório. Essas alterações podem sinalizar a presença ou o risco de doenças como diabetes, hipertensão, colesterol alto, esteatose hepática, insuficiência renal, hipotireoidismo, síndrome metabólica, síndrome do ovário policístico, puberdade precoce, resistência à insulina, hiperinsulinemia, hiperandrogenismo, hiperprolactinemia, hiperuricemia, anemia, deficiência de vitamina D, aumento dos marcadores inflamatórios, entre outras.

Para evitar e corrigir as alterações nos exames de sangue, é fundamental que a criança faça um acompanhamento médico regular, realizando os exames solicitados pelo pediatra ou pelo endocrinologista, e seguindo as orientações para o tratamento das doenças diagnosticadas. Além disso, é imprescindível que a criança adote um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos, visando a redução do peso e a melhora da saúde.

A obesidade infantil é um problema grave que pode comprometer a saúde e a qualidade de vida das crianças. Por isso, é essencial que os pais e responsáveis estejam atentos aos sinais de alerta que indicam que a criança está obesa, e que busquem ajuda profissional para prevenir e tratar esse problema. Além disso, é importante que a família toda se envolva na mudança de hábitos, oferecendo uma alimentação saudável e incentivando a prática de atividades físicas, para que a criança possa crescer de forma saudável e feliz.

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fonte: rede dor

Lay

Olá! Sou Lay apaixonada por promover o bem-estar feminino. Meu objetivo é inspirar mulheres a adotarem hábitos de cuidado, desde nutrição até beleza natural. Vamos juntas nessa jornada de autoconhecimento e empoderamento! Seja bem-vinda ao meu universo dedicado ao cuidado integral da mulher. ????

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